A hora de exaltar a boa preguiça
Saiu no Jornal O Norte de hoje!!!
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Fotos: Rafaela Tabosa/ON/D.A Press
Sexta-feira, 19 de fevereiro, recebemos um telefonema aqui na redação do jornal perguntando quem gostaria de participar de uma viagem para Natal - RN para assistir o ensaio de dois grupos de teatro que estavam produzindo uma peça. Me interessei pensando nas boas fotos que isso daria, mas nenhum repórter estava disponível. Seguindo o conselho de um colega daqui da redação, que disse que a peça seria muito boa e que a viagem valeria a pena, confirmei minha presença e aceitei o convite. Além das fotos, fui encarregada de fazer um texto sobre o que eu visse por lá. E aí está! Quem quiser ler melhor, vou colar o texto logo abaixo. Na sequência, postarei mais algumas fotos que não puderam sair no jornal. A peça vai acontecer aqui em João Pessoa no dia 27 desse mês! Já vi o palco sendo montado lá no Ponto de Cem Reis hoje. Quem puder participar, eu aconselho! Vale a pena!
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Fotos: Rafaela Tabosa/ON/D.A Press
Show Edição de quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Espetáculo montado conjuntamente pelos grupos Ser Tão Teatro e Clowns de Shakespeare estreia sábado na capital
Rafaela Tabosa // rafaelatabosa.pb@dabr.com.br
A farsa da boa preguiça chega aos palcos de João Pessoa, no próximo sábado. Com a proposta de levar o teatro às ruas, as apresentações acontecerão nas praças das cidades. Daqui seguem para Campina Grande no dia 01 de março e depois se apresentam em Cuité no dia 03 do mesmo mês. Além da Paraíba, continuam com turnê por sete estados do nordeste, sendo as últimas apresentações dessa jornada nos dias 8 e 9 de abril em Salvador.
As companhias de teatro Ser Tão, da Paraíba, e Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, apresentaram juntas neste sábado, 20 de fevereiro, o primeiro ensaio aberto para a imprensa e convidados do novo espetáculo Farsa da Boa Preguiça. A peça é uma adaptação da obra de Ariano Suassuna com direção de Christina Streva e Fernando Yamamoto. O espetáculo narra a estória de dois casais - a do poeta pobre e preguiçoso Joaquim Simão e de sua apaixonada e resguardada mulher, Nevinha, e do rico e avarento Aderaldo Catacão com sua esnobe e afetada esposa Clarabela.
O espetáculo é uma parceria entre os dois grupos e foram os únicos contemplados no nordeste pelo Programa Eletrobrás de Cultura 2009 para atuarem em 5 estados da região. A Funarte apoiou a caravana com o premio Artes Cênicas da Rua proporcionando ao grupo a apresentação em mais dois estados. Ao todo, passarão por cerca de 15 cidades.
Os grupos têm a pretensão do resgate da cultura brasileira e buscam a regionalidade por um olhar mais cômico. "A gente escolheu a Farsa da boa preguiça porque queríamos um clássico e uma peça nordestina", disse Cristina Streva, diretora do grupo Ser Tão. A escolha também se deu por um pedido do próprio Ariano, pois essa é uma de suas obras menos conhecidas.
De portas fechadas, o barracão da Clowns de Shakespeare nos recebeu. Sigilosamente os atores faziam os últimos ajustes e repassavam o ensaio. De fora, ouvíamos o coro das vozes misturado à conversa animada de quem esperava para ver o espetáculo, pontualmente iniciado às 19h. De fora, as portas de aço corrediças pintadas de vermelho faziam o papel das cortinas do teatro. Lá dentro, o cenário com fortes traços nordestino das araras dos vendedores ambulantes traziam cordéis pendurados, ervas medicinais, cds piratas e bugigangas. O local de ensaio do grupo teatral virou o palco da noite e devidamente iluminado acomodou cerca de 60 pessoas para assistir a apresentação.
A peça começa com uma entrada enérgica dos atores e em poucos segundos a primeira canção do musical é executada. A trilha e a sonoplastia são tocadas ao vivo pelos próprios artistas, um diferencial que segundo o diretor musical, Marco França, torna as situações mais reais pela possibilidade de aproveitar melhor o momento deixando a cena mais forte. O processo de criação das musicas foi curto e baseado nas práticas em palco.
Os ensaios aconteceram durante três meses e os atores puderam compartilhar o conhecimento e fortalecer suas vivencias agregando costumes locais ao enredo da peça. Essa é a primeira vez que os grupos se juntam para executar um trabalho.A experiência é novidade para todos e garantem que as trocas estão sendo únicas. Lidar com as diferenças é o maior e o melhor desafio. Cristina Streva, fundadora do curso de teatro da UFPB e diretora do grupo Ser Tão, teoriza que uma turnê como essa vale por quatro anos de escola. É um argumento que depois de um mês circulando pelas cidades do nordeste ainda será confirmado.
A peça original tem mais de três horas de duração e teve que ser diminuída na montagem para uma hora e meia. Fernando Yamamoto, diretor do grupo Clowns de Shakespeare, defende que a peça de rua faz sumir as nuances e os detalhes menores que os atores trabalham em palco. Percebendo isso, adaptaram os movimentos e modificaram o vocabulário corporal tornando as expressões mais expansivas para que o público acompanhe bem todas as performances. O resultado é uma contagiante encenação, onde temos a possibilidade de além de assistir, participar e mergulhar na apresentação.
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Mais fotos da peça:
Espetáculo montado conjuntamente pelos grupos Ser Tão Teatro e Clowns de Shakespeare estreia sábado na capital
Rafaela Tabosa // rafaelatabosa.pb@dabr.com.br
A farsa da boa preguiça chega aos palcos de João Pessoa, no próximo sábado. Com a proposta de levar o teatro às ruas, as apresentações acontecerão nas praças das cidades. Daqui seguem para Campina Grande no dia 01 de março e depois se apresentam em Cuité no dia 03 do mesmo mês. Além da Paraíba, continuam com turnê por sete estados do nordeste, sendo as últimas apresentações dessa jornada nos dias 8 e 9 de abril em Salvador.
As companhias de teatro Ser Tão, da Paraíba, e Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, apresentaram juntas neste sábado, 20 de fevereiro, o primeiro ensaio aberto para a imprensa e convidados do novo espetáculo Farsa da Boa Preguiça. A peça é uma adaptação da obra de Ariano Suassuna com direção de Christina Streva e Fernando Yamamoto. O espetáculo narra a estória de dois casais - a do poeta pobre e preguiçoso Joaquim Simão e de sua apaixonada e resguardada mulher, Nevinha, e do rico e avarento Aderaldo Catacão com sua esnobe e afetada esposa Clarabela.
O espetáculo é uma parceria entre os dois grupos e foram os únicos contemplados no nordeste pelo Programa Eletrobrás de Cultura 2009 para atuarem em 5 estados da região. A Funarte apoiou a caravana com o premio Artes Cênicas da Rua proporcionando ao grupo a apresentação em mais dois estados. Ao todo, passarão por cerca de 15 cidades.
Os grupos têm a pretensão do resgate da cultura brasileira e buscam a regionalidade por um olhar mais cômico. "A gente escolheu a Farsa da boa preguiça porque queríamos um clássico e uma peça nordestina", disse Cristina Streva, diretora do grupo Ser Tão. A escolha também se deu por um pedido do próprio Ariano, pois essa é uma de suas obras menos conhecidas.
De portas fechadas, o barracão da Clowns de Shakespeare nos recebeu. Sigilosamente os atores faziam os últimos ajustes e repassavam o ensaio. De fora, ouvíamos o coro das vozes misturado à conversa animada de quem esperava para ver o espetáculo, pontualmente iniciado às 19h. De fora, as portas de aço corrediças pintadas de vermelho faziam o papel das cortinas do teatro. Lá dentro, o cenário com fortes traços nordestino das araras dos vendedores ambulantes traziam cordéis pendurados, ervas medicinais, cds piratas e bugigangas. O local de ensaio do grupo teatral virou o palco da noite e devidamente iluminado acomodou cerca de 60 pessoas para assistir a apresentação.
A peça começa com uma entrada enérgica dos atores e em poucos segundos a primeira canção do musical é executada. A trilha e a sonoplastia são tocadas ao vivo pelos próprios artistas, um diferencial que segundo o diretor musical, Marco França, torna as situações mais reais pela possibilidade de aproveitar melhor o momento deixando a cena mais forte. O processo de criação das musicas foi curto e baseado nas práticas em palco.
Os ensaios aconteceram durante três meses e os atores puderam compartilhar o conhecimento e fortalecer suas vivencias agregando costumes locais ao enredo da peça. Essa é a primeira vez que os grupos se juntam para executar um trabalho.A experiência é novidade para todos e garantem que as trocas estão sendo únicas. Lidar com as diferenças é o maior e o melhor desafio. Cristina Streva, fundadora do curso de teatro da UFPB e diretora do grupo Ser Tão, teoriza que uma turnê como essa vale por quatro anos de escola. É um argumento que depois de um mês circulando pelas cidades do nordeste ainda será confirmado.
A peça original tem mais de três horas de duração e teve que ser diminuída na montagem para uma hora e meia. Fernando Yamamoto, diretor do grupo Clowns de Shakespeare, defende que a peça de rua faz sumir as nuances e os detalhes menores que os atores trabalham em palco. Percebendo isso, adaptaram os movimentos e modificaram o vocabulário corporal tornando as expressões mais expansivas para que o público acompanhe bem todas as performances. O resultado é uma contagiante encenação, onde temos a possibilidade de além de assistir, participar e mergulhar na apresentação.
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Mais fotos da peça:
Neste ensaio, a luz de palco ajudou a conseguir bons resultados. Tive que ter um pouco de cuidado com as luzes dos refletores lá atrás para não estourar tanto na imagem. A luz de frente estava bem equilibrada e não tive grandes problemas com isso. Ao meu lado, estava o fotógrafo Marcio Miranda que me lembrou de desligar o sonzinho que a camera faz na hora que encontra o foco. Que falha... Mas acontece. heheeh Em teatro, quanto mais silencioso o equipamento, melhor. Por sorte esse era bem animado, mas imagina um monólogo ou algo do tipo? Convenhamos que pra tudo, a discrição é muito importante. Para conseguir bons momentos, temos que investir na atenção e nos vários cliques, por isso o uso de flash é totalmente dispensável! Além de atrapalhar os próprios atores, a camera demora bastante a carregar entre um flash e outro. Perdem-se muitos momentos dessa forma. O ISO estava alto e a velocidade bem rápida. O resto fluiu numa tranquilidade só!
ResponderExcluirAbraços e boas fotos!!! =)
Lela, parabéns por este marco em sua carreira, espero que continues escrevendo e mostrando ainda mais seus talentos! Parabéns
ResponderExcluirAss: Deyse Amarante